Perante a maior crise de refugiados / migrantes desde a II Guerra Mundial, afigurou-se urgente, também em Portugal, uma acção concertada de resposta à grave situação humanitária vivida no contexto europeu. Desde o primeiro momento, a CNIS decidiu integrar a Plataforma de Apoio aos Refugiados, uma iniciativa que congrega instituições da sociedade civil com vontade, disponibilidade e / ou experiência no acolhimento de pessoas com necessidade de protecção internacional. Através de um modelo de articulação com o Estado, e em complementaridade com a sua acção, essas instituições – entre as quais se incluem, de forma extraordinariamente expressiva, as nossas IPSS – disponibilizaram-se para acolher e integrar famílias refugiadas.
O acolhimento e integração são feitos em contexto disperso, localmente, ao longo de dois anos, com vista à progressiva autonomização – com a integração dos adultos no mercado de trabalho e das crianças na escola. Este processo passa essencialmente por 6 factores que as instituições asseguram: o alojamento autónomo, a alimentação e vestuário adequados, o apoio no acesso à saúde, o apoio no acesso à educação, o apoio no acesso ao trabalho, o apoio na aprendizagem da língua portuguesa. A instituição de acolhimento tem ainda de se preparar para, num espírito de compreensão e fraternidade, assegurar o respeito pela cultura e pela religião das famílias beneficiárias, no seio da própria instituição e através da sensibilização da comunidade de acolhimento.